Queridos mudei a casa!

23-07-2013 22:50

 

A redecorar a alma.

A pintar paredes, retocar as imperfeições e tapar as frestas do estuque fracturado pelo tempo.

Nas janelas cortinas novas, mais compridas. Mas sempre translucidas, porque a importância da luz não pode ser descurada pelo olhar. E esse vai direitinho à alma. No meu caso, sem filtros ou blackouts.

Escolho o encarnado como tom. Por precisar de força talvez. Ou simplesmente porque me aquece.

Nada ao acaso.

Um impulso agora explicado. Espontâneo na altura. Tão racionalmente óbvio agora.

Que alegria esta azáfama!

Contente só com a decisão e tão felizmente perdida nos pormenores.

O detalhe rendilhado de cada esquina, recanto e rodapé. Os mimos de cada adorno almejado.

O tempo que passa mais depressa e o vagar prazeroso do disfrute do antevisto resultado final.

Mesmo sem patrocínios, parece-me que posso dizer: “Queridos mudei a casa”.